Luis Nassif em 21/1/2015
Em 2009, o governador José Serra foi alertado para os problemas hídricos que ocorreriam em 2015, caso o estado não enfrentasse o problema da água.
Trabalho encomendado pela Secretaria de Meio Ambiente ao Instituto Sagres ouviu 200 especialistas visando traçar os cenários ambientais para 2020. Nele, é prevista a crise de 2015, se nada fosse feito.
Na apresentação, o secretário Francisco Graziano Neto escreveu:
“As políticas públicas aqui propostas visam atingir a melhor qualidade ambiental no Estado de São Paulo até o final da próxima década, por meio de ações articuladas entre o poder público, iniciativa privada e sociedade civil organizada. Espera-se que este projeto seja precursor de muitas iniciativas de planejamento ambiental, tanto em nível estadual quanto regional. Com cenários e propostas estabelecidos, cabe a nós, agora, transformá-los em realidade. Menos discurso e mais gestão ambiental. Mãos à obra, para o bem, e o futuro, da Humanidade”.
Na página 27, o estudo traça o Cenário de Referência, o cenário provável se nada fosse realizado.
Na página 38, prevê-se a crise de 2015.
Por volta de 2015, a crise atingiu também a Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), obrigando as autoridades a aumentarem a quantidade de água trazida dos reservatórios Barra Bonita e Jurumirim para garantir o abastecimento da chamada Macrometrópole.
[…] A Agência Nacional de Águas (ANA) disponibilizou técnicos que auxiliaram na mediação do conflito. No auge da crise, prefeitos e vereadores aprovaram pacotes com leis restringindo temporariamente algumas atividades econômicas de uso intensivo de água.
Na página 44, o trabalho desenha o que seria um Cenário Ideal. Seria um estado com Zoneamento Ecológico Econômico, por meio de um consenso político tocado pelo governo do estado e atuando por intermédio dos Comitês de Bacias e Consórcios Municipais.
O zoneamento permitiria planejar investimentos nas áreas de serviço e infraestrutura para cidades pequenas e médias, desconcentrando a capital.
O governo do Estado deveria lançar um Plano Diretor de Aproveitamento de Recursos Hídricos, garantindo o abastecimento de um dos maiores aglomerados urbanos do planeta: a macrometrópole paulista, que inclui as Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Sorocaba, Jundiaí e São José dos Campos.
Simultaneamente deveria implementar o Projeto Aquíferos, com foco principal na proteção dos aquíferos do Estado, responsável pela identificação das áreas críticas em termos de qualidade e quantidade e pela criação de mecanismos de controle e restrição para a exploração da água subterrânea.
Nada foi feito nem pelo governo Serra nem pelo governo Alckmin.
Leia o documento Cenários Ambientais 2020
23 de janeiro de 2015 às 12:14
A falta d’água só se resolverá se a tucanalha se curvar e pedir perdão a todos pela arrogância e prepotência, mas humildade é uma coisa que esta gente bem informada não conhece, bebem coco e não se curvam, só nóinha para acreditar.
23 de janeiro de 2015 às 11:49
É a cascata da gestão tucana!
22 de janeiro de 2015 às 21:30
Está mais que provada a irresponsabilidade dos governadores do estado de S.Paulo em relação ao abastecimento de água em cerca de 300 municípios que hoje enfrentam uma grave crise de desabastecimento. A Sabesp, empresa pública de saneamento básico, teve metade de suas ações privatizadas! Uma falta de honestidade na administração pública que passa a ser um conluio de cambalachos.
A pior fase veio encontrar o estado nas mãos de Geraldo Alckmin, um pretenso homem público muito manhoso que foi capaz de enganar a maioria dos eleitores, negando sempre a gravidade da crise de falta de água que já existia e do racionamento que era efetuado de modo disfarçado.
Ganhou as eleições no estado! Grande erro de quem o elegeu!
Na verdade quem votou neste Geraldo não pode reclamar de nada!
22 de janeiro de 2015 às 21:08
Nenhuma surpresa. É a trombeteada competência tucana.