O estado mais rico liderou, com 834 mil pessoas, o aumento do número de miseráveis em 2013; em segundo lugar está o Maranhão; e, em terceiro, o Pará. Os três estados nordestinos, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte, estão entre os que menos contribuíram para a estagnação da miséria em 2013, segundo estudo encomendado pela Folha. Na Bahia, o número de miseráveis diminuiu.
Via Brasil 247
Em 2013, ano em que a miséria parou de cair no Brasil pela primeira vez desde 2003, primeiro ano do governo Lula, a maior contribuição para a estagnação da queda veio de São Paulo, Estado mais rico e populoso da Federação. A conclusão é de estudo feito a pedido da Folha por pesquisadores associados ao Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade(Iets) com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios(Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, apareceram em 2013 no Brasil mais 834 mil pessoas extremamente pobres. Dessas, 125 mil viviam em São Paulo, cerca de 15%. Em nenhum outro Estado, mesmo na Região Nordeste, a mais pobre, o aumento do número de miseráveis foi maior naquele ano. Em segundo lugar está o Maranhão e em terceiro, o Pará. O Nordeste, no entanto, ainda é a região com maior número de miseráveis, 3,6 milhões, mais da metade do total de pessoas extremamente pobres do país.
Três estados nordestinos, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte, estão entre os que menos contribuíram para a evolução da miséria em 2013, segundo o estudo. Na Bahia, o número de miseráveis diminuiu. Além dela, só o Distrito Federal teve também decréscimo.
O estudo indica uma piora generalizada no acesso da população extremamente pobre ao mercado de trabalho e a deterioração da qualidade dos postos de trabalho. Mas mostra que a escolaridade dos miseráveis melhorando e o analfabetismo diminuindo, ainda que num ritmo mais lento.
A Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo não quis comentar as conclusões do levantamento. Para o Ministério do Desenvolvimento Social, houve apenas “uma flutuação estatística”, e que a miséria é menor do que sugerem algumas interpretações.
Pelo Iets, 6% dos brasileiros eram extremamente pobres em 2013. Para o ministério, a taxa cai para 3% se forem descontadas da amostra pessoas que se declararam sem renda e os que não têm perfil de miseráveis, pelo nível de educação e pelo acesso a bens e serviços.
3 de dezembro de 2014 às 2:01
A administração pública tem que ser voltada para os interesses da população, mas o que se tem visto em S.Paulo, tem sido uma administração voltada para os interesses do partido do Geraldo e dos amigos dele que não são assim tão amigos porque o forçam a ser tudo menos um administrador público. Pinheirinhos, a venda de ações da Sabesp na bolsa de New york e falta de água no sistema Cantareira, mostram tudo isso! Corram com o governador! È uma imitação muito fajuta!
2 de dezembro de 2014 às 10:43
É preciso que tenhamos consciência plena em quem estamos votando. E, findas as eleições, devemos fiscalizar os eleitos.
Em não cumprindo estes o prometido nas campanhas, temos o dever-poder de negar-lhes o nosso voto.
É assim que caminha uma sociedade politicamente organizada.
Na hipótese do aumento do índice de miséria, como o ocorrido em São Paulo, o eleitorado precisa ser muito criterioso no seu ato de votar.
Sendo São Paulo o estado o mais rico da federação brasileira, não tem sentido lógica o índice de miséria apontado na reportagem.
Diante disto, a conclusão inarredável é de que houve falhas na implementação de políticas no Estado.
1 de dezembro de 2014 às 12:35
Ótima visão!!! Concordo Plenamente!!!
30 de novembro de 2014 às 4:06
Mais uma razão para o Alckmin ter perdido a eleição, mas isso não aconteceu e porquê?
Será que os paulistas perderam a noção de viver como cidadãos? Quem votou no Geraldão? Cuidado que ainda vão beber água de esgoto com a benção do Opus Dei