Via Jornal GGN, em 28/5/2014
Considerado um dos canais de vazamento da Operação Lava-Jato da Polícia Federal – que investiga a atuação do doleiro Alberto Youssef –, o ex-delegado e deputado federal Fernando Francischini, do partido Solidariedade (ex-PSDB), deixou de divulgar um dos nomes que surgiram nos grampos da polícia: ele próprio.
Seu nome foi diretamente envolvido nas negociações entre Youssef e o deputado Luiz Argolo, também do Solidariedade.
Lá pelas tantas, Argolo diz a Youssef que está fechando um acordo “que acho que vai dar certo”. “Francischini fica na liderança fazendo o papel combinado com a gente e eu farei como primeiro vice-líder o encaminhamento em prol do governo e do Palácio. Já falou comigo.”
A conversa se refere a um suposto acordo entre Argolo e a empreiteira OAS, representada pelo diretor Mateus Coutinho. Por ele, Argolo prestaria apoio ao Palácio e deixaria Francischini trabalhando na ponta contrária, de interesse da OAS.
Youssef gostou do combinado:
– Ótimo, esse é o jogo. Depois colocamos Francisquini no bolso. Um de cada vez!
E elogia a esperteza de Argolo:
– Você é fodinha!
Depois, Argolo pergunta a Youssef se deve aceitar a Comissão de Orçamento ou a vice-liderança do partido. Youssef recomenda a vice-liderança, porque assim vai estar com o governo e terá mais controle sobre Francischini.
Provavelmente a estratégia de Francisquini, ao comandar o vazamento seletivo do inquérito Lava-Jato, foi ganhar imunidade dos jornais. De fato, vazaram até conversas entre o deputado André Vargas e Youssef usando o nome do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha em acordos totalmente improváveis. Mas o acerto de Youssef e Argolo, bastante provável – dado o fato de Francischini integrar o partido de Argolo – permaneceu blindado.
17 de novembro de 2014 às 7:36
Pode até demorar, mas o rabo sujo sempre aparece!!!
16 de novembro de 2014 às 2:11
Pilantras é o que não faltam na politicalha nacional.Mas alguns são mais que meros pilantras, são tremendos ladrões fofoqueiros.