Fernando Brito, via Tijolaço
O que a revista Veja faz, nesta semana, não tem outro nome senão o de crime. Publicar fotos tiradas clandestinamente por servidores do presídio, possivelmente pagas a peso de ouro, para dar credibilidade a uma história de privilégios supostamente gozados por José Dirceu na prisão, sem uma prova sequer, equivale a se publicar que a redação da revista da Abril é sede de bacanais, regadas a champanhe, com mulheres agenciadas por Carlinhos Cachoeira, com base em informações de um contínuo que pediu para não ser identificado.
Óbvio que é pura invenção esta cena, mas o que impede, com o ódio que a revista tem a Dirceu e com um histórico de roubar imagens de câmara de segurança de um hotel para bisbilhotar quem falava ou deixava de falar com o ex-ministro, antes de sua condenação, que a revista invente o que quiser sobre sua vida na Papuda?
A ética? Ora, por favor, vamos evitar as piadas, não é?
Mas é preciso dizer o que é a verdade.
A Veja age como uma mosca varejeira na situação que foi criada pelo absurdo que está sendo promovido pelo senhor Joaquim Barbosa, ao deixar durante cinco meses um condenado ao regime semiaberto em clausura absoluta, usando de mil formas para evitar que ele exerça a pena da maneira que a lei e o tribunal determinaram: trabalhar durante o dia e recolher-se ao presídio à noite.
E o que está sendo “motivo” desta procrastinação são justamente “reporcagens” como estas, baseadas – se é que são – em fontes anônimas.
Joaquim Barbosa fez o que pôde para tornar adequada às suas vontades a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, agora entregue a um juiz filho de um deputado do PSDB.
Em relação a Dirceu, revogou a decisão tomada pelo presidente interino do STF, Ricardo Lewandowski, que mandava tramitar a análise do pedido de autorização de trabalho do ex-ministro.
Pior, confessou, de público, ter conduzido a dosimetria da pena atribuída a ele e a outros réus com o fim de evitar que ficassem em regime semiaberto.
Joaquim Barbosa, a esta altura, não apenas deixa de agir com o equilíbrio de um juiz, mas se assemelha àquela postura descrita por Roberto Jefferson diante do mesmo Dirceu, de quem disse despertar “os seus instintos mais primitivos”.
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Tags: Joaquim Barbosa, José Dirceu, Mídia golpista, Veja
19 de março de 2014 às 4:27
E o culpado dessa tramóia toda é Quinzão, O Vingador, herói de fundo de quintal! Fora com Joaquim Barbosa!
18 de março de 2014 às 20:14
[…] See on limpinhoecheiroso.com […]
18 de março de 2014 às 20:13
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