Eduardo Campos chuta o balde ao atacar Dilma.
“O Brasil não quer mais Dilma.”
“Dilma já está de aviso prévio.”
O autor dos disparos acima é o presidenciável Eduardo Campos, do PSB, que nos últimos dias resolveu mudar de tática e resolveu chutar o balde ao atacar diretamente a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição.
Há meses empacado nas pesquisas, o candidato da chamada “terceira via”, que vinha fazendo uma dobradinha de oposição light com Aécio Neves, do PSDB, resolveu deixar de lado seu jeitão de nordestino cordato, sempre disposto a aparar arestas políticas com uma boa conversa. No último fim de semana, viajando pelo interior de Pernambuco, Eduardo mostrou a nova face da sua campanha.
Em Nazaré da Mata, o governador pernambucano foi direto ao assunto: “Não dá mais para ter quatro anos de Dilma que o Brasil não aguenta. O Brasil não aguenta e o povo brasileiro sabe disso. É no Brasil inteiro”. Para ele, a adversária que lidera as pesquisas “acha que sabe de tudo, mas não sabe é de nada”.
Eduardo Campos subiu ainda mais o tom ao falar na manhã de segunda-feira, dia 10, para um auditório lotado na Associação Comercial de São Paulo, tradicional reduto conservador. “O arranjo político de Brasília já deu o que tinha que dar […]. Eu poderia esperar até 2018, mas acho que nosso país não aguenta esperar”.
Bastante aplaudido, o candidato repetiu críticas que os empresários vêm fazendo ao governo: “Para os agentes econômicos fica a impressão de que falta um olhar de longo prazo. Para onde estamos indo, o que vamos fazer?, perguntou, sem dar nem esperar respostas.
Até aqui vendido pelos marqueteiros como candidato da “nova política”, uma opção à velha disputa entre PT e PSDB, Eduardo Campos foi apresentado aos empresários paulistas por ninguém menos do que Jorge Bornhausen, o mais vistoso símbolo do que há de mais reacionário na política brasileira, ex-expoente da Arena, do PDS e do PFL, um cacique que foi ministro de Fernando Collor e tinha muita força no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Hoje sem mandato, Bornhausen é agora o mais forte aliado de Eduardo Campos, depois de Marina Silva, que deve ser a sua vice da chapa do PSB. Se Marina já rodou o xale ao saber que Ronaldo Caiado estava na aliança, dá para imaginar como deve ter gostado da chegada do companheiro Bornhausen e da adesão de Roberto Freire, Heráclito Fortes, Inocêncio de Oliveira, etc. Nova política? Assim, o que vai sobrar para Aécio Neves?
O novo estilo belicoso do presidenciável socialista, que rompeu recentemente com o governo do PT, certamente tem muito a ver com a forma Jorge Bornhausen de fazer política. Pelo jeito, a guerra eleitoral já começou.
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Se eleito, Eduardo Campos acabará com o Mais Médicos?
Via Brasil 247
O governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou que o programa Mais Médicos, serve mais como uma ferramenta de marketing do governo federal do que para servir à saúde da população. A ação, que hoje tem 9.425 médicos contratados e atuantes em todo o País, será um dos carros-chefes da campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, provável adversária de Campos no pleito de outubro.
“Acho que o Mais Médicos tem que ser transformado em mais saúde, não é? Porque é muito mais complexo fazer políticas de saúde do que contratar só profissionais da medicina”, afirmou Campos durante a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Alto do Jenipapo, no Recife, construída com recursos estatais e federais. “Eu acho que é um desafio muito mais complexo. Tem que ser entendido assim, porque senão pode ser interpretado como uma coisa mais para fazer o marketing que para trazer saúde ao povo”, acrescentou o governador.
Campos aproveitou para apontar a UPA do Alto do Jenipapo como um modelo das Upinhas 24h que o PSB está implantando em Recife e que deve apresentar durante o período eleitoral. “Acho que o que está sendo feito pela saúde aqui no Estado e, particularmente, no Recife, deve ser visto como uma experiência a ser adaptada, ser verificada para um dos problemas centrais hoje na pauta brasileira, que é o problema da saúde”, declarou.
O prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), que estava presente no evento, também alfinetou o Governo Federal. “Passou o tempo em que fazer política era prometer e não cumprir”, afirmou o gestor recifense. Além de Geraldo Júlio e de Campos, o ex-ministro e candidato do PSB ao Senado, Fernando Bezerra Coelho, (PSB), também participou da inauguração.
Os disparos de Campos contra a administração da presidente Dilma vêm aumentando na medida em que se aproxima o período eleitoral. Na semana passada, o governador afirmou que a presidente está de “aviso prévio”, além de afirmar que “o Brasil não aguenta mais quatro anos de Dilma no poder”. O socialista também chamou Dilma para fazer debates em rede nacional.
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Tags: Aécio Neves, Aliança, Banco Itaú, Chico Mendes, Declaração, Eduardo Campos, Eleições 2014, Filiação, Heráclito Fortes, Jorge Bornhausen, Marina Silva, Natura, Presidência da República, PSB, PSDB, Rede Sustentabilidade, Roberto Amaral, Roda Viva, Ronaldo Caiado, Tide Setúbal, Vice
15 de março de 2014 às 6:11
[…] See on limpinhoecheiroso.com […]
15 de março de 2014 às 0:54
Que podemos esperar de um indivíduo que se associa a Bornhausen? Nada!