Por divergência política, células Anonymous rompem com Anonymous Brasil. Divergentes acusam grupo de desfigurar o ideário original ao se aliar a grupos conservadores de “combate à corrupção”.
Via Jornal GGN
Em manifesto publicado segunda-feira, dia 3, o Anonymous Curitiba declarou rompimento com o Anonymous Brasil, comunidade com mais de 1 milhão de seguidores. Entre os principais motivos estaria um suposto desvirtuamento da ideia originária do Anon (diminutivo para Anonymous), que é apartidário, antiliberal, contrário ao sistema representativo e a favor do participativo. Outra questão é que a célula em questão se aliou a grupos conservadores de “combate à corrupção”.
No manifesto, os integrantes da célula curitibana afirma que um “grupo que reproduz notícias da grande mídia não pode ser levado a sério” e que apenas “se reproduz e cospe o senso comum”. Outro fator que pesou no rompimento é que, segundo os integrantes do Anon Curitiba, a página do Anonymous Brasil virou “mais um movimento contra a corrupção”, o que contraria o ideário do grupo, que não luta contra a corrupção partidária ou individual, já que estes problemas estariam atrelados a uma questão sistêmica muito mais profunda do que o senso comum prega, de acordo com o ideário.
“Isso quer dizer que nós não repudiamos a corrupção do poder público? Não, de forma alguma. Só entendemos que “corrupção” é um conceito muito vago, além de ser apenas um reflexo de um problema que é muito maior”, diz a nota do Anonymous Curitiba. Na sequência eles atentam que “Anonymous é a hiperdemocracia, tecnocracia e total liberdade de expressão” e chamam a atenção para o fato de que a página Anon BR não faz nenhum destes debates.
Eles também explicam a relação do Anonymous com o sistema democrático e fazem críticas por conta da página do Anon BR apenas criticar o PT. “Não acreditamos no sistema representativo, então, pouco importa qual partido está no poder, ele não nos representa. É importante deixar claro que apartidarismo não é apenas não militar por partido algum, mas também é não militar contra um partido específico. Logo, podemos desconfiar do apartidarismo de algumas páginas apoiadas pela Anonymous Br4sil”, critica o manifesto.
A nota de repúdio também é assinada pelo Anonymous Fuel Br, que complementa, em sua página do Facebook: “Na verdade, a Fuel teve início como célula justamente em função desse problema. Para quem não sabe ou não se lembra, mais da metade de nossos membros “fundadores” se retirou da Anonymous Brasil (a.k.a. TV Globinho) por entender que aquele espaço era corrompido e realizava um contra-serviço para a Ideia”.
A reportagem da revista Fórum entrou em contato com o Anonymous Brasil, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.
***
Leia também:
A elite branca não aceita ser brasileira: Brasileiro de fato só pode gostar de Copa
A “Copa do Medo”, o falsificador e o terrorismo dos brucutus atucanados
Medo de ir ao aeroporto durante a Copa? No Natal e no Ano Novo é bem pior
Vai ter Copa: Desmontada a farsa do texto adulterado da revista France Football
A mídia nutre esquizofrênica com a Copa do Mundo
Segundo Sebrae, penas empresas faturarão R$500 milhões com a Copa
Globo orienta jornalistas a evitar “pautas positivas” sobre a Copa
A realização da Copa não retira recursos da Saúde e da Educação
Cadu Amaral: A Globo, o complexo de vira-lata e a Copa do Mundo no Brasil
Líder do MST considera “erro político” fazer mobilização durante a Copa
Coxinhas e “grande mídia” conseguiram: Black Blocs têm seu primeiro cadáver. E agora?
Tem um fusquinha no meio do caminho
Florestan Fernandes Jr.: Abaixo as máscaras
Antonio Lassance: Vai ter Copa, argumentos para enfrentar quem torce contra o Brasil
Vândalos causam terror e destruição em São Paulo
Flávio Aguiar: A Copa e a anti-Copa
Golpe na Copa: Quem vai fazer o serviço?
Miguel do Rosário: Há conspiração golpista conta a Copa?
Tags: 2014, Anonymous, Black Blocs, Copa do Mundo, France Football, Geraldo Alckmin, Golpe, Golpistas, Luiz Surianni, Manifestações, MST, Pequenas empresas, Rede Globo, Sebrae, Tucanos
12 de março de 2014 às 20:05
[…] See on limpinhoecheiroso.com […]