Via Brasil 247
A ex-senadora Marina Silva tem deixado claro, em diferentes atitudes, que sua passagem pelo PSB é transitória. Na prática, agora, ela continua a colher, em sua página no Facebook, adesões e assinaturas para o Rede – e não para o PSB.
“Muitas pessoas têm me perguntado sobre o processo de filiação da Rede. Neste link, vocês encontram todas as informações sobre a filiação ao partido, que ainda não obteve o registro do TSE, mas que já é um partido de fato”, escreveu Marina na quarta-feira, dia 22, na rede social.
Em outra publicação, ela comemora o alcance de 400 mil fãs na página da Rede, também no Facebook. Lá, Marina convida, com sua assinatura: “Traga mais amigos para esta rede.”
O comportamento é bem diferente do de Campos, que mais de uma vez por dia publica fotos ao lado de Marina e destaca frases da ex-ministra.
Nas redes sociais, nem sempre os textos e imagens postados por Marina em suas páginas têm atrelada a marca do partido do presidenciável Eduardo Campos. Por outro lado, ela estimula e promove a filiação de aliados ao seu grupamento, o Rede Sustentabilidade, que, como diz ela própria, “já é um partido de fato”, apesar de não ter sido registrado pelo TSE a tempo das eleições de 2014.
Campos age de maneira bem mais disciplinada e responsável com a aliança feita. Nas entrevistas do presidenciável, também é frequente ele destacar a importância, na história da política, da aliança entre o PSB e o Rede. Isso sem contar o fato de o PSB já ter cedido – mais de uma vez – aos vetos da provável futura vice na chapa de Campos contra aliados que já haviam acertado apoio à campanha dele à Presidência da República.
A pergunta que cabe neste cenário é: faz sentido para Eduardo Campos se submeter a todas as vontades de Marina num casamento que, já se vê, é apenas transitório?
Em São Paulo, por exemplo, uma aliança sólida do PSB com o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, está sendo desmanchada. Por vontade de Marina, que Campos parece estar atendendo, o PSB busca lançar candidato próprio no Estado.
Houve também afastamento da legenda com os ruralistas, depois que a ex-senadora criticou duramente o deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), aliado de Campos.
Justamente para tentar sanar as divergências entre PSB e Rede, ou mesmo tentar convencer Marina da importância de algumas alianças estaduais, a cúpula dos socialistas, depois de seis horas de reunião na terça-feira, dia 21, decidiu adiar para o final de março o início das discussões sobre as instâncias estaduais.
Tudo para não contrariar a “noiva” Marina, que, aliás, ainda não deu garantias plenas de subirá mesmo no altar para ser vice de Campos.
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Tags: Aécio Neves, Aliança, Banco Itaú, Chico Mendes, Declaração, Eduardo Campos, Eleições 2014, Filiação, Heráclito Fortes, Jorge Bornhausen, Marina Silva, Natura, Presidência da República, PSB, PSDB, Rede Sustentabilidade, Roberto Amaral, Roda Viva, Ronaldo Caiado, Tide Setúbal, Vice
25 de janeiro de 2014 às 12:02
Interessante. Quando Marina entrou para o PSB, escreveu ao Dudu: “Estou entrando para seu partido e serei sua vice”. Marina não é paulista, mas parece ter adotado o recurso dos bandeirantes, para escolher o caminho: levantar a bandeira e ver para que lado o vento a empurra.
24 de janeiro de 2014 às 21:09
Tem um ditado que diz: “quando você piza na bosta, fique bem quietinho, pois quanto mais mexe, mais fede”!!!
24 de janeiro de 2014 às 11:56
[…] See on limpinhoecheiroso.com […]
24 de janeiro de 2014 às 2:14
Quanto a dona Marina, a única conclusão a que pude chegar é que ela bebe! Só isso explica tantas besteiras no seu comportamento! Sim, porque apensa “ser crente” não explica tanta besteira junta”
24 de janeiro de 2014 às 0:10
Campos aliado do latifundiário Ronaldo Caiado, o da UDR! Que é que vovô Miguel Arraes diria?