Via Brasil 247
A luta dos médicos brasileiros – ou, ao menos, da parcela que ainda procurar criar fatos contra o Programa Mais Médicos – vai ganhando contornos de sofisticação. Agora, depois da execração do médicos estrangeiros, em especial dos cubanos, o que está, digamos, na crista da onda desses profissionais contrários ao programa, mas que, ao mesmo tempo, jamais estiveram nos rincões ao encontro da população brasileira, são as receitas.
Valendo-se das dificuldades dos médicos cubanos, que falam espanhol, em relação ao português, os profissionais brasileiros têm procurado ridicularizar seus colegas da ilha socialista, numa demonstração de desapreço à população brasileira.
Procurando apontar falhar nas receitas expedidas pelos médicos estrangeiros, os brasileiros empenhados nessa missão criaram um site. No entanto, iniciativa esbarra no Código de Ética dos profissionais de medicina, que veda a publicidade de prontuários de terceiros.
Confira o site: http://maismedicos.tumblr.com/
E aqui, veja dois artigos do Código de Ética:
Capítulo IX
SIGILO PROFISSIONAL
É vedado ao médico:
Art. 75. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente.
Capítulo X
DOCUMENTOS MÉDICOS
É vedado ao médico:
Art. 85. Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade.
***
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11 de janeiro de 2014 às 12:22
O Brasil precisa de mais médicos, professores, engenheiros, arquitetos, advogados, dentistas, qualquer profissional de nível superior, pois somente 12% de nossa população tem curso superior, porque somente agora este programa? quantos médicos tem em cargos administrativo nos governos federais, estaduais e municipais? porque não coloca-los na ativa para atender neste momento de urgência? é só uma ideia!!!!!!. Paz e Bem. Floriano
10 de janeiro de 2014 às 11:12
Os médicos brasileiros erram por má vontade, má fé, despreparo, preguiça, arrogância… Enfim, por motivos diversos.
Já fui vítima e não apenas de erros em receitas (erros mesmo, não apenas texto ininteligível), com medicamento inadequado ao problema em questão. Além disso, um erro mais grave, que colocou-me em risco:
Em outubro de 2012 fui a um PA com fortes dores na barriga. A “médica” solicitou exame de sangue e RX e passou um coquetel de medicamentos para combater a dor (4, sendo 3 injeções e um medicamento com soro na veia). Voltei ao consultório ainda com dor, apesar de todo medicamento e a “jenia” diagnosticou: gases(!!!)… Falei que ainda sentia dores e ela disse que o ideal seria fazer ultrassom, mas ali não tinha (deveria ter encaminhado para onde tem, certo?). Detalhe muito importante: não fez exame clínico, não apalpou minha barriga. Isso foi na sexta 12/10, feriado. Mandou-me de volta para casa com receita de medicamento para dor (escrita ERRADA, embora inteligível) e recomendação de retornar se sentisse dor e deveria procurar um gastro. Tive fortes dores no sábado e domingo e fiquei em dúvida se iria ou não ao PA. Acabei não indo, porque concluí que me entupiriam de medicamentos e continuaria sentindo dor e também porque a “otoridade médica” recomendou a procura de um gastro.
Consegui consulta com o gastro na segunda-feira. Este sim um Profissional de verdade. Além das perguntas de praxe fez o devido exame clínico. Hipótese diagnóstica: apendicite aguda e encaminhou ao cirurgião em caráter de emergência.
Era apendicite mesmo, fui submetida a cirurgia e a coisa estava tão feia que não pode ser feito por laparoscopia. Um cirurgia de 40 minutos demorou cerca de 4 horas. Tinha pedaços de apêndice para todos os lados, tiveram que levantar meu intestino para lavar. Na biópsia constou que estava necrosado. Enfim, horrível. Tudo foi mais complicado, cirurgia, restabelecimentos, dores mais intensas…, porque uma jenia brasileira me diagnosticou com gases e mandou voltar para casa…
10 de janeiro de 2014 às 8:56
É isso mesmo Maria Thereza, na minha família “médico” quase amputou a perna de uma criança de 8 anos, dizendo que estava com um tumor, pediu na época o dinheiro de dois carros populares zeros para fazer a cirurgia, como não conseguíamos chegar nem perto do valor, ele começou a diminuir, mesmo assim não conseguimos, foi então que levamos para o Hospital Sarah aqui de Salvador e um médico novinho, de uns 28, disse que a menina não tinha nenhum tumor, o que ela teve foi uma descalcificação no fêmur, imagine iria cortar as pernas da criança, fazer a criança usar prótese por causa de dinheiro, e isso já faz tempo foi em 1998, imaginem como estão agora, os que são avarentos é claro, pois existem ainda médicos sérios, que são médicos pelo prazer de exercer a medicina, que não vê no paciente um cifrão.
10 de janeiro de 2014 às 6:40
[…] See on limpinhoecheiroso.com […]
9 de janeiro de 2014 às 22:56
Eu dou até risada, estou morrendo de rir, rsrsrsrsrs, esses lotes de idiotas fardados de branco não tem o que fazer não? Uma certa vez sair de um consultório de um urologista com uma receita que eu não entendia nada, mas sabia que na farmácia os atendentes já estava acostumado ao analfabetismo médico, então fui. Passei em mais de 15 farmácia e ninguém descobria qual era o tipo de medicamento, tive que, com vergonha, voltar ao médico e dizer-lhe que ninguém sabia que diabos ele tinha escrito ali. Veja que coisa, como se eles fossem exemplos. Não se faz mais médicos como antigamente, não se faz mesmo.
9 de janeiro de 2014 às 22:56
se tiverem um pouquinho só de honestidade, devem aproveitar a oportunidade e divulgar as receitas, medicamentos, diagnósticos, tratamentos errados, e até fatais, dos médicos/as brasileiros. Aliás, o slogan do CFM é o cúmulo do cinismo: “confiança para o médico, segurança para o paciente”. Dão tanta segurança aos pacientes que foi necessária a criação de uma associação de vítimas de erros médicos, pois a se deixar a apuração dos mesmos por conta da “classe” nunca seria apurado nenhum. O slogan correto deveria ser “confiança e segurança para os médicos e os pacientes que se danem”.