Segundo o IBGE, a participação dos menores estados no PIB nacional aumentou 2,8% de 2002 a 2011. Na mesma comparação, São Paulo perdeu espaço, com um recuo de 2,1%.
Lilian Quaino, via Portal G1
Desde 2002, a participação dos 22 estados brasileiros com menores Produtos Internos Brutos (PIBs) no resultado das contas nacionais cresceu 2,8%, enquanto, no grupo dos cinco maiores, no mesmo período, a participação de São Paulo na formação do índice caiu 2,1%, e a soma dos outros quatro mais poderosos Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, recuou 0,7%.
A perda de espaço de São Paulo na composição do PIB nacional se deve principalmente à queda na atividade da indústria de transformação, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22).
O IBGE divulgou as Contas Regionais do Brasil de 2011 e, segundo a pesquisa, o grupo dos cinco maiores estados concentraram, naquele ano, 65,2% do PIB. Mas o quadro da produção e riquezas do país em 2011 pode ser dividido em três partes quase iguais: São Paulo, com 32,4% de participação; Rio, Minas, Rio Grande do Sul e Paraná, com 32,6%; e os demais 22 estados com a fatia restante de 34,8% na formação do PIB nacional.
“A concentração econômica chama a atenção, ao longo da análise da série, iniciada em 2020, esses 22 estados ganharam mais participação que os outros grupos”, disse Frederico Cunha, gerente das Contas Regionais do IBGE.
Segundo explicou, o grupo dos menores PIBs cresceu sua participação puxado por estados como Espírito Santo, que desde 2002 avançou 0,5% como grande produtor de commodities minerais e agrícolas; Pará, crescimento de 0,4% em relação a 2002 por conta da exportação de minério de ferro, que tornou o estado a maior economia do Norte; Mato Grosso, maior estado agrícola do país e que vem apostando na industrialização, teve alta de 0,3% na participação do PIB nacional em nove anos; e Santa Catarina, de agropecuária pujante e indústria diversificada.
O crescimento da participação desses estados poderá alterar o quadro que ainda se mantém de menor PIB per capita nas regiões Norte e Nordeste. Em 2011, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná apresentaram PIB per capita acima da média brasileira, que era de R$21.535,65. O Distrito Federal, com o maior PIB per capita brasileiro, R$63.020,02, representou quase três vezes a média brasileira e quase o dobro da registrada em São Paulo (R$32.449,06), o segundo maior do país. Entre os estados com PIB per capita menor, estão Maranhão (R$7.852,71) e Piauí (R$7.835,75), que foram cerca de 36% do brasileiro.
“Em alguns estados a distância entre os PIBs per capita tem diminuído em função do crescimento do grupo dos menores”, disse Cunha.
Entre 2010 e 2011, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso tiveram as maiores participações na agricultura do país, sendo que Minas cresceu seu espaço em 0,9% por conta da recuperação dos preços do café e da cana-de-açúcar, este último, também ajudou São Paulo a crescer sua participação em 0,8% no período.
Enquanto São Paulo perdeu espaço na indústria, principalmente na de transformação, Rio de Janeiro e Espírito Santo foram beneficiados pela recuperação dos preços do petróleo, e Pará e Minas, pelos preço do minério de ferro, explicou Cunha.
20 de dezembro de 2013 às 6:19
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