Fernando Brito, via Tijolaço
Eu já tinha chamado a atenção aqui, quando comentei a coluna da ombudsman da Folha, Suzana Singer em que, além de chamar Reinaldo Azevedo de “rottweiller”, ela buscava dizer que um novo colunista, Ricardo Mello, em tese iria compensar a “direitização”, por ter um passado “trotskista”.
Seria só uma inconveniência, até porque – registrei naquele texto – o folclórico “Tio Rei” também o tinha.
Fui do Partidão nos anos de 1970. Miriam Leitão, também. Isso significa algo em relação ao que pensamos e dizemos hoje? Alberto Goldman foi dirigente comunista, hoje é serrista. Carlos Lacerda foi da Aliança Libertadora Nacional de Prestes e foi o que sabemos na história brasileira.
Mas a Folha faz questão de publicar a “ficha” de Ricardo Mello, como que para “limpar sua barra” do próprio jornal. Não faz isso com nenhum outro, mas fez agora com ele.
Não creio que isso o incomode, mas é uma espécie de “ato falho” do jornal, talvez diante do que a “aquisição do passe” de Reinaldo Azevedo tenha provocado de inconformismo em outros, como se apontou aqui.
Mas que, em lugar de brigar com o “cachorro grande” que é a Veja, onde se transformam estas figuras em ícones do jornalismo, ficam alimentando o furor destas figuras. E que a Folha não faz diferente, agora.
Tags: Folha de S.Paulo, Reinaldo Azevedo, Ricardo Mello, Suzana Singer, Trotsky
7 de novembro de 2013 às 21:53
O que dona Suzana Singer alega é mais um motivo para a gente não ler a Folha! Aliás, sempre digo que desde que inventaram o papel higiênico e o saco plástico para embalar lixo, a Folha de São Paulo perdeu a razão d existir!