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Morto há quase 38 anos, o caso de Vladimir Herzog foi comparado ao do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido após sair da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. A comparação foi feita pelo filho do jornalista, Ivo Herzog, que falou sobre o assunto no lançamento do livro A construção da democracia e liberdade de expressão: O Brasil antes, durante e depois da Constituinte, obra em alusão aos 25 anos da Constituição de 1988.
O evento de lançamento da obra aconteceu na quinta-feira, dia 3, no Senado. Na abertura, Ivo comentou reportagem do Estadão que traz informações sobre o inquérito do pedreiro. De acordo com o jornal, ele teria sofrido tortura com choque e asfixia antes de morrer. “Essas coisas, 38 anos depois, continuam a acontecer”, afirmou.
Ele afirmou que a impunidade dos agentes de Estado ainda é realidade no País e que, se o caso de seu pai serviu para ampliar a liberdade de expressão, o de Amarildo precisa contribuir para o desenvolvimento da justiça e o fim da sensação de impunidade.
Caso Amarildo de Souza
Saiu na semana passada inquérito que afirma tortura a Amarildo de Souza antes de sua morte. O ajudante de pedreiro sumiu em 14 de julho, depois de ser levado por PMs para a sede da UPP na comunidade.
Dez policiais militares foram indiciados no documento presidido pelo delegado titular da Delegacia de Homicídio da Polícia Civil fluminense, Rivaldo Barbosa.
Com 2 mil páginas, o inquérito foi entregue ao Ministério Público e mostra que a tortura de moradores da favela é frequente no local.
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Tags: Amarildo, Ivo Herzog, Tortura, Vladimir Herzog
11 de outubro de 2013 às 8:58
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