O governador Geraldo Alckmin é um caso raro de político. Ele é daqueles que preferem se afastar do povo, das manchetes dos jornais e das luzes das câmeras. Ele é daqueles que se sentem mais à vontade no anonimato, que não dão a mínima para o reconhecimento público.
Conservador até o mais fundo da alma, Geraldo cresceu se apoiando no sentimento também extremamente reacionário de grande parte do eleitorado paulista. Esse seu perfil ideológico, claro, sempre agradou à chamada “elite” estadual, nela incluída o patronato dos meios de comunicação, que sempre lhe foram extremamente simpáticos. Assim, na moita, quietinho, Geraldo foi fazendo sua vida, conquistando mais poder para si e seu grupo.
Dessa forma, a constatação de que seu governo é aprovado por apenas 26% do eleitorado, como mostra a pesquisa da CNI, é surpreendente, pois não há um jornal, uma estação de rádio ou de televisão, nem mesmo nenhum portal da internet que fale mal dele, que sequer acompanhe os atos de seu governo.
Geraldo é inteiramente blindado pela imprensa, pelos tais “formadores” de opinião pública. E mesmo assim amarga uma desaprovação dessas!
É um caso para se estudar.
Dá para entender por que o governador do Rio, Sérgio Cabral, ficou na rabeira das avaliações – não há um santo dia em que não se fale mal dele.
Também dá para entender a queda da popularidade da presidenta Dilma, também alvo de uma ferocidade única da turma que quer a volta do modelo Casa Grande & Senzala para o País.
No caso de Geraldo, porém, nada disso acontece. O sujeito é poupado de qualquer crítica pela mídia, não se faz nenhum reparo a nenhuma medida que toma ou deixa de tomar, a mídia inteira age como se tivesse obrigação de soltar press releases e não notícias sobre o seu governo. E mesmo assim menos de um terço do eleitorado o apoia…
Convenhamos, é preciso ser muito, mas muito sem carisma, sem apelo, sem liderança – é preciso ser um político muito ruim para conseguir esse feito!
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Por que Alckmin é tão blindado pela “grande mídia”?
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Tags: Blindagem, Geraldo Alckmin, Mídia golpista
11 de outubro de 2014 às 19:07
Quem não votou nesse santo de pau carunchoso do Geraldo Alckmin, deve juntar-se, fazendo um abaixo-assinado requerendo ao Governo Federal a intervenção no estado para solucionar o grave problema da falta de água e por tabela, o resultado das eleições.
Um caso muito estranho, essa vitória do Alckmin logo no primeiro turno.
11 de outubro de 2014 às 16:36
Gentem, agora, por favor, alguém me responda…como ele foi reeleito governador de SP?? E MAIS: quem NÃO VOTOU NELE, PODE RECORRER NA JUSTIÇA CONTRA TANTOS ABUSOS?? COMO, POR EXEMPLO A CRISE HÍDRICA A Q TODOS ESTAMOS EXPOSTOS???? COMO??? REGISTRANDO B.O. (s) Nas DELEGACIAS DE POLÍCIA PARA APURAÇÃO DOS FATOS? AFINAL A ÁGUA É PÚBLICA E UM RECURSO DE TODOS OS BRASILEIROS!!!!!
2 de outubro de 2013 às 10:43
Há algumas décadas, estava eu, à noite, de volta das aulas na faculdade, rodando os canais de tv, quando me deparei com o Roda Viva, então do Markum, e ouvi um jovem falando sobre a realidade brasileira e suas soluções. Fiquei ali, gostei do conteúdo e da eloquência. Era Alckmin em começo de carreira. Como chegou ao trensalão, a Pinheirinhos, a…? Como diria o velho Virgílio: Quam mutatus ab illo (como está diferente do que era?). Ou, apenas, precocemente demonstrava sua tucanicidade, ser (no momento, em promessa) o que nunca foi?
31 de julho de 2013 às 1:00
Nós, mineiros, não invejamos os paulistas. Aqui em Minas, temos tanto ou melhor. Afinal, todos são tucanos.
30 de julho de 2013 às 1:22
Podemos imaginar quanto custa aos cofres do estado essa blindagem toda!