Via Portal da Câmara Municipal de São Paulo
O vereador Nabil Bonduki (PT) defendeu na terça-feira, dia 27, um projeto de lei de sua autoria que permite aos vereadores mudarem nomes de ruas quando estas homenagearem figuras ligadas à ditadura militar. Atualmente, nomes de vias e logradouros públicos só podem ser alterados em casos específicos, como quando houver outros locais homônimos.
O PL 219/2013 inclui entre essas exceções toda “denominação que faça referência a agentes públicos que contribuíram para a instalação e manutenção do regime militar entre o período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979”.
“Foi um dos piores períodos da nossa história”, justificou o petista. “Que esses agentes não possam ser homenageados em nossa cidade.” Bonduki também é o autor do PL 177/2013, que muda o nome do Elevado Costa e Silva para Minhocão, como a obra é conhecida pelos paulistanos.
A iniciativa foi criticada por Andrea Matarazzo (PSDB). Para o tucano, as figuras que colaboraram com o regime militar fazem parte da história do país e precisam ser lembrados, mesmo que tenham exercido um papel considerado negativo. “A critério de quem vai ficar decidir quem prejudicou e quem não prejudicou nossa cidade?”, questionou.
Já Natalini (PV) defendeu que cada caso seja analisado individualmente. “Eu acho que em alguns casos há exagero. Por exemplo, há em São Paulo uma rua chamada Sérgio Paranhos Fleury”, exemplificou. O Delegado Fleury foi um dos mais notórios torturadores da Ditadura.
Os dois projetos de Bonduki ainda precisam passar pelas comissões de mérito antes de poderem ir à votação em plenário.
Tags: Ditadura militar, Mudança, Nabil Bonduki, Nome, Projeto, Ruas, São Paulo
2 de fevereiro de 2014 às 15:59
Memorial da América Latina, com Auditório Simon Bolívar,
numa avenida que tem o nome do precipitador da ditadura militar,
Auro Soares de Moura Andrade.
Por que não Avenida Simon Bolívar?
28 de abril de 2013 às 19:59
Avenida Carlos Lacerda, rua ou avenida Presidente Castelo Branco, Elevado Costa e Silva (o “Minhocão”), avenida Roberto Marinho, Viaduto Otávio Frias de Oliveira…
E de quebra, mudar o nome da Ponte e do Túnel Jânio Quadros, porque foi esse bebum que, com sua aventura da “renúncia”, em 1961, deu início ao clima de instabilidade que culminaria com o golpe de 1.o de abril de 1964.
E existe ainda muita coisa mais!
28 de abril de 2013 às 18:56
As opiniões expostas demonstram a posição da consciência dos brasileiros perante a ditadura. É triste o pragmatismo de uma opinião e, em todas, de falta de convicção democrática. Lamentável. Como construir uma nãção sem convicção absoluta de democracia e liberdade?
28 de abril de 2013 às 16:31
Desde já recomendo que se mude o nome da praça Alfredo Buzaid, ministro da Justiça do ditador general Emílio Garrastazu Médici. A praça fica na confluência das avenidas Juscelino Kubitschek e Santo Amaro.
E, desgraçadamente, mas na órbita do judiciário, há o fórum Hely Lopes Meirelles, secretário da Segurança de São Paulo, no tempo do governo Abreu Sodré, quando criou a Operação Bandeirantes mais tarde tornada o DOI-CODI.