Lido no Conversa Afiada
Presidente quer ações e depoimentos que sensibilizem a opinião pública.
Júnia Gama
Vítima de tortura durante a ditadura militar, a presidente Dilma Rousseff não está satisfeita com os resultados alcançados até agora pela Comissão Nacional da Verdade e cobrou uma mudança de rumos nos trabalhos do colegiado. Em conversas recentes com integrantes do grupo, Dilma exigiu mais resultados concretos e que sensibilizem a opinião pública, já que pouco do que está sendo feito vem sendo divulgado. A principal intervenção da presidente foi no sentido de pedir que a comissão investisse mais nos depoimentos públicos de familiares, como forma de promover uma “catarse nacional”. Alguns focos de resistência na comissão a esse tipo de atuação desagradaram ao Palácio do Planalto, que acompanha de perto os trabalhos. Só este ano, Dilma já teve reuniões reservadas com Cláudio Fonteles e com Paulo Sérgio Pinheiro.
O próximo passo da comissão, que deverá causar comoção nacional, será atuar junto à Justiça brasileira para que autorize a exumação do corpo do ex-presidente João Goulart, deposto e exilado pelo golpe militar. A exumação já foi autorizada pelos familiares de Jango, que acusam os governos militares na América do Sul, no âmbito da Operação Condor, de terem assassinado o ex-presidente em 1976. Um juiz uruguaio requisitou a exumação, e o governo brasileiro concordou com o pedido.
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1 de abril de 2013 às 3:21
De fato essa Comissão da Verdade está muito tímida. Com tanta coisa para esclarecer, não sabemos o que tem feito até agora. Depois admiram dos falatórios da pretensa oposição.