Marco Antonio Araujo, via O Provocador
Curioso como a grande imprensa trata Ricardo Teixeira. Nem mesmo o recente afastamento do ex-chefão da CBF serviu para que veículos de informação mostrassem à opinião pública o nível de banditismo que sempre vigorou na entidade máxima do futebol brasileiro.
Pois o servilismo continua, inclusive depois de a Justiça da Suíça deixar bem claro que tanto Teixeirão quanto seu ex-sogro e ex-presidente da Fifa João Havalange receberam propinas da agência de marketing ISL em troca de facilidades na aquisição dos direitos de televisão das competições.
Se alguém ainda não sabia, pois saiba: os dois são corruptos, malfeitores, criminosos. Enriqueceram à custa do futebol brasileiro. Durante os últimos anos, foram poucas e solitárias a vozes que levantaram essas denúncias, solenemente ignoradas pelos barões da mídia.
Não foram poucos os que se prestaram a agir como escudo para a dupla de mafiosos, notadamente a Rede Globo. Se bem que os motivos para tamanha bajulação e servilismo sejam facilmente entendidos pelo favorecimento que a emissora sempre recebeu dessa gente desonesta.
Pois o povo brasileiro deveria receber com estrondo a confirmação de que a CBF foi usada para que os dois “dirigentes” recebessem R$45 milhões de forma criminosa. Mas o Jornal Nacional insiste em chamar de “comissão” o que a Suprema Corte da Suíça nomeia claramente como propina e dinheiro sujo fruto de corrupção.
Os bajuladores e cúmplices, tudo indica, permanecerão fiéis. Duvido que alguém incomode a dona Joana Teixeira Havelange em suas investidas remuneradas no COL, o Comitê Olímpico Local.
E certamente o atual presidente da CBF, José Maria Marin, vai continuar pagando o robusto salário de assessor para Teixeirão custear o exílio voluntário na Flórida, nos EUA.
Não por acaso, a seleção brasileira se encontra, neste exato instante, na pior colocação em toda a história do ranking da Fifa. Nossos gramados viraram pasto dessa gente.
Tags: CBF, Comissão, Fifa, Justiça, Propina, Rede Globo, Ricardo Teixeira, Suíça
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